Fátima Trinchão
Poesias, Contos, Crônicas
Textos
ODO YÁ

O galo cantou,
O seu primeiro canto.
É hora!
Daqui a pouco
No horizonte,
O sol se levantará,
E sua luz se ampliará
por todo o firmamento.
Com seus balaios e oferendas,
As mulheres e suas roupas alvas como o raio mais brilhante do sol;
Perfumadas como a rosa mais cheirosa do reino de Oxalá,
Cujos torços vistosos,
Cujos pés tocam a terra,
Dela recebendo força e energia,
Cantavam para saudar,
Saudavam Iemanjá,
Odó Yá;
Iemanjá Mãe e Rainha,
Odo Yá;
Deusa da nação Egbé
Odó Ya;
Senhora do Reino e das Águas do Mar,
Odó Yá;
Símbolo de opulência e fecundidade,
Odó Yá
Filha de Obatalá e Ododuia;
Odó Yá
Mãe dos Deuses sagrados,
Do sagrado panteão nagô
Odô Yá;
Deusa do amor e seus conflitos,
Odo Yá;
Mãe da vida,
Odo yá;
Iemanjá Iemowô
Odo ya;
Iemanjá Iamassê
Odo ya;
Iemanjá Olossá
Odo yá;
Iemanjá Ogunté
Odo ya;
Iemanjá Assabá
Odo yá;
Iemanjá Assessu
Odo yá;
Iemanjá Yewa
Odo yá;
O sol se levanta no horizonte,
É manhãzinha
Hora de agradecer e louvar
Dona Iemanjá
Senhora-Mãe e Rainha do Mar,
Odó Yá!

 
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 01/02/2009
Alterado em 25/10/2019
Comentários