BAHIA DAS CATEDRAIS
Naquela cidade bela,
naquela bela cidade,
ladeiras, ruas, vielas,
mistérios,ruas,quizumbas,
mares,
marés,
macumbas,
a voz que merca
distante,
"acaçá quem vai querer ?
acacá fresquinho freguesa,
quem vai querer..."
Naquele sol tão intenso,
daquele solar eu vejo,
um tão grande movimento,
de jangadas,jangadeiros,
de navios e de saveiros,
e este sol tão intenso,
cujo céu tão delirante,
que provoca inebriante,
em meios a rodas e
saias,
em meio a sambas e
gingas,
o dengo desta menina,
que canta o canto
tão doce,
do doce mar
'maralina,
no largo
quitutes mil,
tem cocada,
tem dendê,
tem pamonha,
queijadinha,
bolinho de acarajé,
quentinho
feito na hora,
de lamber os beiços
e comer,
delícias de bem querer.
De bem querer
eu entendo,
de tanto querer-lhe
bem,
foi-se embora
o meu dengo,
nem um aceno me deu,
nem um aceno de adeus,
quando eu ia ele vinha,
quando eu vinha, ele ia,
adentrou as sete portas,
pelas ruas da Bahia,
nos seus mares e marés,
foi-se e não retornou,
nas suas ruas e portos
foi-se embora e não voltou,
largos,carmos e vielas
ermidas,igrejas,capelas,
casarios,casebres,pelouros,
suas portas e seus portos
Bahia cidade bela,
Bahia cidade velha
Bahia dos imortais
respeitá-la e vivê-la,
amá-la para entendê-la
Bahia das Catedrais.
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 30/12/2011
Alterado em 19/10/2020