Vinte de novembro, mais um ano a rememorar e refletir sobre a vida e luta de Francisco, o conhecido em nossa história como Zumbi dos palmares, o herói, o duende resiste e revive mais forte do que antes. Zumbi foi um guerreiro, um líder, um lutador valoroso que nunca depôs suas armas. Não poucas vezes oprimido e nas circunstâncias mais adversas, soube impor-se com destemor. Salve Zambi, o sofrimento do povo negro, africanos ou negros nascidos no Brasil provocou em Zumbi tanta e tamanha indignação, que Zumbi lutou da maneira que pode e sabia, para ver seu povo de alguma forma livre do cativeiro, e não foi a toa sua luta. Nos nossos dias, ainda reverberam os seus efeitos. Não pode haver felicidade plena, enquanto um só homem for infeliz ou estiver vivendo em sofrimento. Cabe a todos nós a responsabilidade em dividir e garantir o direito a tal. Todos têm o direito a felicidade, todos têm o dever de ser feliz. As lutas dos grandes ícones dos direitos humanos em prol da liberdade e respeito ao povo de cor preta reverberam ainda nos momentos de agora, buscando oportunidades de crescimento e inclusão. Que a educação, base fundamental para o crescimento de toda e qualquer nação se faça igualmente para todos: pretos, brancos, mestiços, índios...altos e baixos, gordos e magros, tristes e alegres, enfim todos que vivem nesta terra e merecem uma vida digna, digna da sua condição de pessoa. e para tanto, pleiteemos todos educação de qualidade. A educação permite além do aprendizado, a reflexão e consequentemente a conscientização que esta propícia, provocando dessa forma, a mudança do individuo; a educação aprimora, a educação transforma; a educação ressalta, a educação realiza grandes projetos, a educação concretiza o sonho de dias melhores. Mesmo que diante das imensas dificuldades, perseveremos nos nossos sonhos imorredouros de paz, justiça social e dignidade para todos. A luta de Zumbi se faz ainda hoje. Zumbi um guerreiro e Luther King um pacificador e ambos com mais tantos outros cultivaram os seus\nossos sonhos de paz, igualdade, equilíbrio, justiça social, respeito às nossas tradições, a nossa religião, ao que somos. A quem somos. Vivendo e lutando, lutando sempre a nossa maneira, em busca da concretização dos nossos sonhos, um dia o Pastor King confessou-nos ”Eu também sou vítima dos sonhos adiados; de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, por que a gente não pode desistir da vida”

               E quando em 28 de agosto de 1963, Luther King, no seu famoso discurso proclamou ao mundo os seus sonhos, :” Dizia hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho.

              Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. “

            É preciso que sonhemos juntos e alto. Velhas e puídas vestes devem ser trocadas por novas, velhos padrões e preconceitos devem ser repensados e extirpados,para que a partir dai alcancemos sim, todos, a verdadeira liberdade, a liberdade total, sem nos deixarmos envolver por retóricas que se tornaram desgastadas e desnecessárias. Como o Pastor King, eu também tenho um sonho: saúde, prosperidade, alegria, harmonia, respeito, fraternidade ,igualdade, justiça social, equilíbrio e paz plena para todos. Vibrando como um todo, haveremos de alcancá-los.