ESTIO
E vendo cair a chuva,em gotículas de maio,dos céus
Ouvindo-a,no seu cantar, da varanda, nas calçadas,
Absorta em variado pensar, e caindo sobre o papel,
São gotas de maio, lindas, vêm vindo, precipitadas.
Cheiro de chuva assim vem caindo na terra com sede,
Em tempo de estio, aragem, é o milagre que acontece
De novo ter terras férteis,de novo ver campos verdes
Pés no chão pisando a lama,é o milagre que acontece.
São gotas de maio bem vindas, estio, no estio da vida,
são gotas de maio ainda, em tão belas e benditas cena,
Gotículas sobre o papel,molham a rua e a minha pena.
É ali, assim dessa forma, que a vida revive e renasce
Transformando e transbordando, o lugar, e a paisagem
Em sonhos concretizados, risos fartos e abraços largos.
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 21/04/2013
Alterado em 05/03/2020