Fátima Trinchão
Poesias, Contos, Crônicas
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                    QUEDA DO IMPÉRIO

Das estrelas emanavam luzes de paz.
Caminhando para o infinito perdi-me no caminho de Santiago,
Afoguei-me no leite derramado


Vênus me olha com olhos de deusa,
       Não há tempo no caminho das estrelas.

Ah! Você devia estar lá pra ver as cores do Infinito e a ausência do ontem.....
.....você não ouve estrelas....
    As noites imperiais vivdas no palácio de César te fizeram sacerdotisa dos templos venusianos....
   César ria-se, Baco era louvado,
   Quando se louva a Baco, não se falam em tristezas.
   Os salões de Nero cheiram a sedução,
   enquanto danças,
   o povo tem fome,
   está sem pão.
  "Se não têm pão,
  por que não comem bolo ?"

  Roga a Vênus, sacerdotisa,
  quando lhe incensares o altar,
  que leve-te daqui com brevidade,
 ( transforma-se em deusa)
 pois que César cai em desgraça,
bárbaros de nobre estirpe,
ameaçam cortar as asas da Águia.

Marco Antonio já não vive,
Nero incendiou Roma,
o Senado divide-se.

Sacerdotisa,
são perigosos os caminhos
do palácio,
há constantes penumbras,
corredores sombrios,
Vênus te protege, é verdade,
E tu és forte,
não há mal,
mas como a mulher de Lot,
podem tornar-te estátua
sem sal.

As dançarinas de César perderam
os sete véus,
nos sete dias que precederam
a queda do império de Helena

O ouro de César,
tem a cor do cobre
e queima as mãos.
Virgílio já não canta
mais seus versos,
Cícerto emudeceu...

Sacerdotisa do templo de Vênus,
não bebas veneno,
teu tempo, lamento,
é pouco,
incensa o altar,
Vesúvio está rouco,
Vesúvio está louco,
ameaça o império de Helena,
Vesúvio vomita,
que pena...
Vesúvio afoga,
sem pena,
o império de Helena,,
que pena!
  

Sacerdotisa do templo de Vênus, Baco não aceita zurrapa!

 
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 05/09/2014
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